quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Aprisionados entre o real e o imaginário


Um pescador solitário passeava pela praia deserta.
No meio do caminho ensolarado achou uma pequena bola de cristal com um bonequinho dentro, indo e vindo sem sair do lugar.
Uma mulher alta e bela, toda vestida de branco, vindo do nada, apareceu em sua direção.
Naquele instante o mar silenciou. O vento sumiu. O tempo parou.
O pescador continuou indo e a mulher vindo, sem à distância se alterar.
Quando ele quis voltar, tropeçou nas pernas. O vilarejo em que morava manteve-se distante.
A mulher de branco continuou tranqüilamente em seu encalço.
Ele pensou ser algo sobrenatural, mas o eclipse do sol mudou sua opinião.
Ao olhar para o céu, descobriu um olho escuro e gigante de um menino que brincava com sua bola de cristal, correndo pela praia deserta, feliz por ter encontrado aquele presente caído do céu, enquanto uma mulher de branco, vinha caminhando em sua direção...

Observação: Imagem extraída da Internet no seguinte endereço: http://www.negociosdojapao.com.br/index.php/2007/05/02/ilusao-de-otica-2/)

5 comentários:

Elis Zampieri disse...

Humm! Conto daqueles que estimulam a imaginação! Adorei Zé!
Abraços!

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Elis. Pouca gente sabem, mas esse texto é um desdobramento de um fato real, acontecido com meu irmão caçula, que meu olhar de poeta e escritor tornou-o fantátisco; embora a experiência que ele viveu tb é fantástica e encontra-se registrada por mim em forma de crônica, chamada A Mulher de Branco, no livro Aos Jovens do Ano 2000 (ainda inédito). Te mando por email o texto, em que ele teve um contato na beira da praia com uma entidade misteriosa, que qto mais ele ía em sua direção e ela na direção dele, o espaçamento entre ambos não alterava mas cada vez mais ele ficava distanciado da praia e da povoação. E ele só contou, dois anos depois de sequer chegar na beira-mar, isso que era que nem peixe e adorava o mar. Coisa de que a vida imita a arte e vice-versa.hehehehe, abração, miga.

Elis Zampieri disse...

Zé, acho que essa imagem combina muito com o título desse seu conto. Acho uma imagem muito intrigante, proporciona uma ilusão de ótica que remete á sua história.
Abraço amigo.

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Elis, Ficou muito boa essa image, muito a ver memo com a postagem. Se der coloca o endereço donde foi buscada. Um abração, Zé.

Anônimo disse...

Por que nao:)