domingo, 4 de janeiro de 2009

Palíndromo amoroso

(Foto: Ricardo Jaime Simões)

Eram estranhos...
Conheceram-se.
Por sete anos viveram juntos.
Separam-se.
Por sete anos ficaram distantes.
Reencontraram-se.
Eram estranhos...

José Antonio Klaes Roig

3 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Nossa! essa então é o suprassumo, ou seria supra-sumo, ih, tanto faz. hehehehehe. O visível e o invisível. Eram mesmo estranhos! Valeu, miga, tua leitura de imagens é incrível. Abrs,

Elis Zampieri disse...

Esse seu poema que é o máximo, desde a primeira vez que li achei de uma simplicidade e de uma beleza incrível.
Sem falar na composição bem interessante que forma o palíndromo.

Gosto muito de fotografia, imagem como esta pra mim é poesia feita em pontos e retas. São pura sensibilidade.

Abraço Zé

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Elis. Nem te conto... Aliásm como a memória RAM tá fraca e posso até ter te contado, via msn, mas, vai lá... Esse texto, acho que comentei no LV, de sua criação. Apesar de parecer para alguns autobiográfico, não foi... Um dia, cheguei á escola, e de passagem (sem querer querendo) ouvi uma comentando com a outra q tinha ido acertar o divórcio do ex, e qdo o viu parecia uma pessoa estranha, apesar de terem vivido tanto tempo junto. Bom, eu tinha naqueles dias escrito no RPG um post cujo tema era o palíndromo tb, e ai uma coisa ligou a outra, e fiz esse link literário com as duas situações, a real e a imaginária, em que usei, clar, a criatividade. O resultado é simples e ao mesmo tempo profundo mesmo. Eu adorei tb. E dias depois de sair na página do jornal local, que trata de literatura, senti suas repercussões. Alguns achando que era autobiográfico (risos), por conta dessa mania da maioria dos leitores acharem que tudo que escrevemos , vivemos ipsis litteris; e de uma ex-colega que veio me abraçar, e dizer que tinha adorado o texto. Curiosamente, essa pessoa, que nada comentou de mais, tinha em sua vivência um "palíndromo amoroso" e sei que se identificou (lá no fundo da alma) com o meu texto. Depois que ela se foi, fiquei arrepiado de e com sua emoção. Nossas "parábolas virtuais" funcionam ás vezes em nossos leitores como "parabólicas digitais". Coisa estranha e ao mesmo tempo curiosa. A imagem que colocasses ficou dez, sim, como dizem nossos alunos! hehehehe. Um abração.